sábado, 11 de setembro de 2010

AMOR incondicional

Os meus: Penélope e Scheik

Hoje vou falar sobre uma das minhas paixões, os animais. Sou completamente louca por todos eles, sem distinção. Em casa tenho dois cachorros, um macho e uma fêmea, e vários passarinhos. Mas já tive também peixes e até uma hamster.

Fico muito feliz em saber que esta paixão não é só minha, que existem inúmeras pessoas que compartilham deste sentimento com os bichinhos e que os consideram membros da família. Mas fico triste e revoltada ao saber também que há pessoas que pensam exatamente ao contrário e que são capazes de cometer as mais inimagináveis crueldades com estes seres inofensivos.

Geralmente não assisto ou leio qualquer coisa que se refira a maus tratos com os animais, isto revolta e me esmorece demais. Mas ontem fui contra esta minha resistência e assisti o programa Câmera Record, que contou histórias de vários animais que sofreram nas mãos dos homens, mas que tiveram a sorte de encontrar em seus caminhos anjos que os resgataram e lhes deram uma nova chance de viver. Casos de animais que nasceram ou ficaram com alguma deficiência e que encontraram carinho e amor nas pessoas que os adotaram e os ajudaram a sobreviver.


É de cortar o coração o vídeo em que um homem aparece abandonando um cachorro numa rua qualquer. O animal tenta correr desesperadamente atrás do veículo, mas é em vão. E o bichinho acaba se tornando mais um que entra para as estatísticas de animais cruelmente abandonados por seus donos, que não se preocupam nem por um segundo com os sentimentos destes seres indefesos.

Uma das histórias falou sobre três gatos cegos que foram adotados. Um deles teve um dos olhos arrancados. Segundo a senhora que os adotou, ele pode ter sido vítima de um ritual macabro. Fiquei impressionada ao saber como a maldade do ser humano pode chegar a tal tamanho.


Um chimpanzé também foi vítima da crueldade humana. Ele sofreu nas mãos do dono, que para obrigá-lo a fazer poses para tirar fotografia, castigou o bichinho jogando água fervente nos olhos dele. O animal, que ficou cego, foi resgatado. Precisou ser operado e recuperou 70% da visão de um dos olhos. Hoje ele vive num lugar onde recebe muito carinho e atenção e já tem até uma namorada.

Somente neste programa consegui assistir o vídeo de uma garota, que com uma frieza imensa, arremessou seis filhotinhos de cachorro dentro de um rio. Que essa pessoa não apareça na minha frente, pois se isso acontecer não respondo por mim.

É confortante saber que existem estas pessoas que dedicam suas vidas a ajudar os animais, a adotá-los mesmo que estejam doentes e que precisem de cuidados quase que 24 horas. No programa pude ver vários exemplos deste ato humano e leal. Muitos devem se perguntar o que leva uma pessoa a tomar esta atitude, afinal, para cuidar de um bichinho com necessidades especiais é preciso tempo e dinheiro. Mas isto significa nada diante do amor com o qual eles retribuem. Nunca tive a oportunidade de cuidar de um animal nestas condições, mas imagino que esta deva ser a melhor recompensa que se possa receber.


Acompanhei pela TV a história do Queimadinho, um cavalo que sofreu uma das maiores crueldades que já vi. Um adolescente irresponsável teve a coragem de atear fogo no animal, por completa maldade. Ele sobreviveu a este trauma e também a duas paradas cardíacas, consequentes deste ato desumano. Queimadinho foi socorrido e hoje vive no Batalhão da Polícia Montada do Rio de Janeiro, onde recebe todos os cuidados e carinho do policiais da cavalaria. O cavalo se recupera de maneira surpreendente, mostrando que tem muita força e vontade de viver. No dia 7 de setembro ele foi destaque no desfile da cidade. Torcemos para que a justiça seja feita e que a pessoa responsável pague por este crime hediondo.

Outro cavalo que também recebeu o carinho e cuidados dos moradores do Rio de Janeiro foi o Atropeladinho. O animal foi socorrido depois de ter sido atropelado e quase foi sacrificado pela zoonose da cidade. As pessoas que cuidaram do animal ficaram revoltadas e não permitiram que tal atitude fosse tomada. Atropeladinho ganhou uma nova oportunidade de vida, já foi adotado e agora vive em um novo lar, uma chácara, onde terá muito espaço para correr depois que se recuperar totalmente e ser feliz.

Queimadinho no seu novo lar

Que bom saber que ainda existem pessoas de bem, que se importam e acolhem dezenas, por vezes até centenas de cachorros e gatos, transformando suas casas em abrigos para os animais abandonados. Anjos que abdicam de seus afazeres para se dedicar quase que exclusivamente à vida destes seres que só precisam de um pouco de atenção e carinho. Não posso abrigar em minha casa cães e gatos abandonados, mas também faço a minha parte, ajudando de um lado, colaborando de outro. E o que estas pessoas recebem em troca? Um amor incondicional, uma amizade leal e verdadeira, que só quem é apaixonado por animais consegue compreender.

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